O choro é a mais rica tradição instrumental da música popular nascida no Brasil e tem se reinventado ao longo de um século e meio através da roda de choro. Mas, para fazer uma boa roda de choro, é necessário juntar pessoas que gostem de tocar “conversando”. Essa experiência de improvisação coletiva exige domínio técnico e especialmente solidariedade musical, fina sintonia humana. Aí o choro flui e se comunica.
Levar essa magia para um público maior, fazendo balançar e sorrir, ocupando os espaços urbanos, novos palcos e fortalecendo esse riquíssimo traço de nossa identidade cultural é a proposta do “Choro na Rua”. Surgido de uma roda na Rua do Rosário, no Rio de Janeiro, o grupo se apresenta em diferentes locais, atraindo amantes do choro e pessoas de todas as idades.
Desde 2016, o “Choro na Rua” tem acontecido em diferentes espaços, conseguindo atingir um público que vai desde aficionados do gênero até o simples passante, da terceira idade até a criançada. Apresentando uma formação flexível, capaz de acomodar as agendas de seus solicitados músicos, o Coletivo coloca em prática a essência da roda de choro: liberdade por princípio, compartilhamento por base e alegria por fim.
Sob a liderança de Silvério Pontes e a inspiração do decano Zé da Velha, o Choro na Rua pôs-se logo a experimentar o deslocamento do espírito da roda em diferentes espaços: botequins, praças, teatros, museus, festivais. os artistas apresentam seu primeiro álbum, “Choro na Rua: Obrigado, Zé da Velha”, gravado e distribuído pelo selo Biscoito Fino. No repertório, composições de músicos do coletivo e grandes sucessos dos nossos mestres chorões.